Achei bem interessante essa matéria da revista Época e resolvi publicar aqui no site, com algumas observações pessoais.
O primeiro food truck de que se tem conhecimento, surgiu em 1872, na cidade de Providence, nos Estados Unidos. O dono, Walter Scott, vendia tortas e sanduíches para trabalhadores de fábricas. Os operários precisavam de comida barata e rápida – e os sanduíches vendidos em carrinhos eram uma boa opção.
Até o começo do ano 2000, os food trucks ainda carregavam o estigma de comida barata, de baixa qualidade. Isso mudou com a crise econômica de 2008, que levou muitos restaurantes a fechar suas portas. Sem opção, alguns chefs investiram na velha modalidade despojada de fazer comida.
A febre também chegou ao Brasil. Só em São Paulo, mais de 300 empreendedores pediram autorização para estacionar seus food trucks. O sucesso se repete em outros Estados. Segundo o site Food Truck nas Ruas, que ajuda a localizar os carrinhos, há opções no Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Brasília e Minas Gerais.
O principal atrativo para proprietários é o preço. Incluindo o valor do veículo, cozinha e montagem, um food truck custa cerca de R$ 250 mil – mais barato que abrir um restaurante. As refeições saem, em média, por R$ 20,00.
De olho nesse mercado, muitos chefs tentam se adaptar às cozinhas apertadas pois cozinhar num caminhão não é fácil. O espaço é apertado e faz você esbarrar nos colegas da cozinha o tempo todo. O calor da chapa e do fogão invade o espaço pequeno – assim como a gordura que evapora das carnes e frituras. Os ingredientes para fazer os pratos costumam vir pré-preparados de uma cozinha fora do caminhão para agilizar os procedimentos.
Fora o espaço que é bem apertado, a principal diferença entre cozinhar em um food truck e em uma cozinha comum é esse contato direto com os clientes. Em um restaurante, quem lida com as exigências e ansiedades dos clientes são os garçons e gerentes já no food truck não existe essa barreira, o cozinheiro faz tudo: ouve pedidos, lava louça e lida com as oscilações de humor do público.
A despeito de todas essas diferenças e dificuldades, o número de food trucks vem aumentando e conquistando um número cada vez maior de curiosos e clientes.